Quando se fala em cor, engana-se quem se limita em pensar somente na tinta. Elementos como papel de parede, tecidos, revestimentos e muito mais. VEJA:
Na dúvida em como associar a cor ideal para cada ambiente? Não há regras, é o que explica a arquiteta e design de interiores, Lisandra Pinto, convidada do terceiro episódio da série Arquitetando, da Biccateca. “A cor e a iluminação dependerá do significado e o contexto do ambiente. A experiência que vai causar no usuário".
Abaixo, você confere os principais pontos debatidos no webinar. Se quiser assisti-lo e se inteirar mais sobre o assunto, o vídeo está no fim da página.
Não há uma cor certa para cada ambiente. O que se tem que entender, segundo a arquiteta, no momento de fazer um projeto, de pensar no design de interiores, é o contexto, o significado do ambiente que estamos projetando. “As cores despertam áreas diferentes do cérebro. A gente precisa escolher de uma forma coerente com a identidade da empresa". conta Lisandra.
Para ambientes mais calmos, de concentração, cores neutras. Em áreas de descompressão, espaços criativos, cores estimulantes.
E grandes empresas utilizam muitas cores para despertar a criatividade e inovação. O cinza é a cor preferida e mais utilizada nos ambientes de trabalho. De acordo com a profissional, o motivo é a neutralidade do tom, que deixa mais fácil acertar as combinações, além, é claro, de estimular a concentração.
Quando se fala em cor, engana-se quem se limita em pensar somente na tinta. Elementos como papel de parede, tecidos, revestimentos cerâmicos e porcelanato complementam a inclusão de cores. No caso de adesivos, há possibilidade de personalização conforme a identidade da empresa.
A arquiteta ressalta o cuidado neste processo, já que as cores ativam algumas áreas do cérebro. Daí a importância de perceber os significados das cores antes de aplicar nos ambientes.
O amarelo e o vermelho são cores curiosas, que estimulam de duas formas diferentes. O amarelo traz energia, estimula a criatividade, mas se utilizada em excesso, pode causar estresse.
O mesmo com o vermelho. A "cor da paixão" remete à energia e quando utilizada de forma excessiva pode causar danos negativos, acelerando o metabolismo, até mesmo a pressão arterial.
"Uma vez o verde era a cor principal quando se pensava em ambientes de saúde e clínicas médicas, porque remete à saúde, traz segurança e calma. Porém as clínicas se preocupam muito mais em transmitir confiança e utilizam cores neutras e sóbrias, até mesmo o preto. Isso ativa e passa segurança, é uma cor de força. Combinado com tons amadeirado e dourado, traz luxo ao ambiente", exemplifica a profissional.
Todo início de ano, a Pantone divulga a cor que influencia a criação de produtos e dará as diretrizes pelos próximos 365 dias. Para 2019, “ Living Coral é a cor mais quente”.
“Isso influencia e muito. As empresas de revestimento e móveis utilizam esta cor para fazer peças e investimentos novos todo ano. Para se ter uma ideia, já tem gente especulando as tendências para o próximo ano”, revela Lisandra
Já ouviu este termo antes? Então vá se acostumando. É o conceito em que as pessoas pensam nos ambientes para torná-los “postáveis”. Uma experiência de tirar uma foto e postar nas redes sociais. “É quase que projetar um ambiente temático só com essa finalidade”, relata a arquiteta.
O lighting design se trata de um conjunto de ações aplicadas para melhor utilização da luz nos ambientes, luz artificial, natural. O principal objetivo é trazer resultados visuais e criar cenários diferentes através da iluminação.
E o que isso tem a ver com as cores? Bem, é necessário cuidar com o tom da luz, pois influencia na reprodução das cores do ambiente. A temperatura da cor deixa o ambiente mais quente, assim como as cores.
